Hamas rejeita qualquer presença militar em terras palestinianas

por Inês Moreira Santos - RTP
Reuters

O grupo palestiniano Hamas indicou, em comunicado, que o cais construído pelos Estados Unidos ao largo da Faixa de Gaza não é uma alternativa à abertura de todas as passagens terrestres e afirmou que rejeita qualquer presença militar em terras palestinianas. O braço armado do Hamas e a Jihad Islâmica confirmaram ainda ter disparado mísseis contra forças israelitas em Rafah, enquanto o campo de refugiados Jabalia, no norte de Gaza, foi palco de novos ataques de Israel.

Vários camiões de ajuda humanitária começaram a atravessar um cais recém-construído pelos EUA e, através deste, entraram em Gaza pela primeira vez, na sexta-feira. Este carregamento foi o primeiro de uma operação que as autoridades militares norte-americanas preveem que chegue aos 150 camiões por dia.

A passagem destes comboios de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza acontece numa altura em que as restrições israelitas às passagens de fronteira e os intensos combates têm dificultado a entrega de alimentos e outros mantimentos à população palestiniana. Contudo, Washington alertou já que que o projeto do cais flutuante não substitui as entregas terrestres que poderiam trazer todos os alimentos, água e combustível necessários a Gaza.

Entretanto, as autoridades israelitas confirmaram que pelo menos seis pessoas morreram nos ataques israelitas ao campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza. Telavive diz mesmo que os ataques foram "talvez os mais ferozes” na região, desde outubro.

As forças de Defesa de Israel atacaram também Rafah, onde morreram dois palestinianos, segundo o Hamas.


E segundo agências noticiosas, um ataque aéreo israelita no sul do Líbano matou Sharhabil al-Sayed, um oficial do Hamas responsável pelas operações do grupo terrorista no país.


C/agências
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